A Comissão Especial de Acompanhamento das Chuvas de 2011 voltou a se reunir no início da semana e estiveram em pauta temas como o andamento das obras no Vale do Cuiabá, a utilização dos terrenos que serão entregues ao município e a demanda habitacional da cidade. O encontro foi conduzido pelo presidente da Comissão, vereador Silmar Fortes e realizado no plenário da Câmara.
A promotora pública do Ministério Público do Rio de Janeiro, Zilda Beck, informou que atualmente o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) se encontra em estado de inércia, e que impetrou ações civis contra as entidades e empresas envolvidas na recuperação do Vale do Cuiabá, já que nitidamente existe uma retirada das frentes de obras e social da localidade. “O Inea está abandonando o Vale do Cuiabá sem terminar a segunda parte das obras, que incluem os parques fluviais, além dos cheques das indenizações também não forem entregues para as pessoas que já negociaram”, disse.
O presidente da OAB, Antônio Machado, ressaltou que vai convocar o conselho e propor uma ação pública para que haja uma resolução desta questão. “O tempo está passando e não vejo soluções concretas para as questões que estão sendo debatidas”.
A secretária Fernanda Ferreira afirmou que os terrenos do Estado ainda não foram entregues ao município. “Também entrei em contato com o Inea para obter informações sobre as questões sociais, mas não obtive retorno”, explicou.
O secretário de Obras Aldir Cony, que participou da reunião, salientou que as questões da recuperação devem ser prioridade do município. “Passei por todas as chuvas desde 1981 e o que deveria ter sido feito em 2011 era o município ter assumido sua responsabilidade e não entregar tudo ao Estado. Hoje estamos com as questões caminhando de forma lenta, mas estamos fazendo nossa parte”, justificou.
O representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Adacto Ottoni, acrescentou que a parte dos rios e do seu entorno é de responsabilidade do Inea e eles não poderiam se omitir em relação à recuperação.
Sobre a questão dos terrenos, o secretário de Obras informou que os terrenos de Benfica e da Mosela são bons para a construção de unidades habitacionais, mas que o do Cuiabá, devido a sua topografia, tornaram-se inadequado para tal finalidade. Fernanda Ferreira complementou e disse que o município solicitou o envio das plantas do terreno do Cuiabá para, posteriormente, solicitar a entrega do mesmo.
Adacto Ottoni lembrou sobre as questões do reflorestamento das encostas onde ainda é possível ver os escorregamentos de 2011, além da proximidade de uma nova época de chuvas, que se aproxima e tem início no final de outubro. Também esteve presente a reunião a representante do Centro Alceu Amoroso Lima, Janaina Moebus.
A próxima reunião da Comissão Especial de Acompanhamento das Chuvas de 2011 está marcada para o dia 16 de setembro, às 13h30, na Câmara Municipal.
