O Livro do Desassossego é um apanhado de pensamentos sobre tudo, muitas vezes inconclusivos, densos, filosóficos e pessimistas. É uma “autobiografia sem fatos”.
Bernardo Soares, um dos heterônimos adotados por Fernando Pessoa, além de refletir muito sobre o tédio, insiste no ponto em que a vida é o que sonhamos, que ninguém pode compreender e nem possuir o outro, que a felicidade está fora da felicidade, dentre muitos outras questões que deixariam até a alma mais tranquila, desassossegada.
Mesmo com uma visão pessimista ou melhor, “friamente realista” da vida, ao ler esta obra, concluí a leitura com a sensação de epifania.
Sintetizando em uma só palavra: maravilhoso!
Algumas das máximas do livro:
“Só o que sonhamos é o que verdadeiramente somos, porque o mais, por estar realizado, pertence ao mundo e a toda gente.”
“Teu amor pelas coisas sonhadas era o teu desprezo pelas coisas vividas.”
“Feliz, por fim, esse que abdica de tudo, e a quem, porque abdicou de tudo, nada pode ser tirado nem diminuído.”