Ruminando horizontes e sensações
quando aquela cabra terminar de mastigar a linha do horizonte;
de mastigar a costela deste pasto, que é o mundo,
descerá do barranco e deixará de ruminar capim gordura
e aridez do azul por um minuto
para ruminar nossas expectativas,
neurônio
por
neurônio.
enquanto prossegue a cidade,
esta ferida aberta com martelo demolidor;
a cidade,
6 gansos gritando no quintal do seu crânio
e uma joaninha atravessa sossegadamente o engarrafamento
mastiga a folhagem das palavras
cruza o mapa e a perturbação metálica da metrópole
esta pressa embutida na região da nuca da gente
como armário de cozinha,
com o aço corroído.
Para o coração indico
Com todo seu maquinário e massagem
Uma empresa de demolição e outra empresa que fure poços artesianos…
Matheus José Mineiro é autor do livro “A Cachoeira do Poema Na Fazenda do Seu Astral” e dos fanzines Apologia Poética artesanalmente, Alcoologia Poetica, Mais Um Cadim de Poesia Aí, Ô Trem Bão Poesia Com Limão e Costelinha com Quiabo e Poesia (www.