Embora o avanço da tecnologia tenha permitido progresso em tantas áreas, por outro lado nunca foi tão fácil espionar alguém. E não me refiro ao que as pessoas seletivamente escolhem expor de suas vidas nas redes sociais, mas sim da espionagem eletrônica, realizada pelos governos e empresas do mundo. Por exemplo, há dois anos o mundo se escandalizava quando Edward Snowden, ex-técnico da CIA, revelou alguns dos programas de vigilância que os Estados Unidos usa para espionar a população americana – utilizando servidores de empresas como Google, Apple e Facebook – e vários países da Europa e da América Latina, entre eles o Brasil.
É usando o mote de vazamento de informações e espionagem que Lagercrantz dá continuidade à saga de Stieg Larsson. Tudo começa quando o jornalista Mikael Blomkvist recebe um telefonema de um renomado professor que diz ter informações vitais à segurança dos EUA e precisa encontrá-lo imediatamente para contar tudo o que sabe, pois sua vida está em risco. Com a ajuda da brilhante hacker Lisbeth Salander, Mikael investiga as implicações de tal revelação e vai em busca do furo jornalístico para a Millennium, que precisa desesperadamente de uma boa história. Mas é claro, que de alguma forma, o envolvimento de Lisbeth está além do que podemos pensar a princípio.
Assim como Tilly Bagshawe fez com as histórias de Sidney Sheldon, David Lagercrantz também conseguiu se manter fiel aos personagens e ao estilo de Larsson, embora, por vezes “A garota na teia de aranha” lembre as histórias de Dan Brown. Não é tão bom como a trilogia original, mas ainda assim é uma boa leitura.
E de acordo com a Entertainment Weekly, a saga deve ganhar ainda mais dois livros que serão lançados em 2017 e 2019.
Bom, e se você quiser conhecer a história de Stieg Larsson, comentei cada livro (e sua adaptação para o cinema) lá no meu blog, passa lá!