A Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep), a pedido da coordenadoria do Meio Ambiente, está fazendo a capina na beira dos rios da cidade e deixando o material cortado nos leitos. Essa é uma estratégia para que as capivaras não subam até as ruas, oferecendo perigo aos motoristas e ao próprio animal. Dessa forma, elas conseguem alimento e abrigo, sem a necessidade de buscar isso em outros ambientes. O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) também recomenda a prática.
“Esse foi um pedido meu ao Wagner Silva, presidente da Comdep, como uma forma de evitar que as capivaras subam até o leito dos rios. Com alimento e abrigo, elas não buscam outro lugar para viver. O próprio INEA recomenda a prática”, explica o coordenador e futuro secretário de Meio Ambiente, Fred Procópio.
O veterinário da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Vítor Natan, elogia a prática e explica que a capivara é o maior roedor existente na natureza, mas que não oferece perigo de ataque. “A capivara é um animal de grande porte, mas é bem dócil e quase nada agressiva, exceto quando são mães e sentem algum risco para os filhotes. Normalmente elas se deslocam procurando alimento. Com a capina funcionando dessa forma, diminuiu consideravelmente a chance de subirem até a beira das estradas”, disse.
O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) faz coro com o órgão municipal, orientando a prática aos municípios. “É uma prática comum que acontece em outras cidades. Há algum tempo acompanhamos casos de acidentes envolvendo capivaras. Dessa forma, temos uma solução eficaz e barata”, explica o presidente do órgão, Marcus Lima.
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