Na última semana, o vereador Justino do RX (MDB) encaminhou uma indicação legislativa dispondo sobre a criação do Programa de Prevenção da Saúde à Endometriose. O texto propõe que o programa seja oferecido através do SUS, e que tenha avaliações médicas periódicas e a realização de exames clínicos e laboratoriais. Também indica que o município poderá estabelecer cooperação técnica com os hospitais privados na realização de exames.
A endometriose é uma doença inflamatória provocada por células do endométrio (tecido que reveste o útero) que, em vez de serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e sangrar. Os sintomas dessa enfermidade costumam ser dores durante o período menstrual e durante relações sexuais, sangramentos urinários e intestinais, além de dificuldade em engravidar.
Há cerca de dois anos, foi publicado na Portaria nº 879, 12 de julho de 2016, que aprovou o Protocolo Clínico e as Diretrizes Terapêuticas (PDCT) da Endometriose. Com isso, estabeleceram-se critérios para os diagnósticos da doença, com os medicamentos e demais produtos apropriados, os mecanismos de controle clínico e de acompanhamento a serem seguidos pelos gestores do SUS. “No entanto, mesmo com a criação do PDCT da Endometriose, muitas mulheres brasileiras não têm tido acesso ao tratamento ideal da doença por intermédio do SUS. A espera para o início da intervenção médica pode ser longa e, no país, existem poucos serviços de atendimento multidisciplinar para o tratamento da endometriose profunda”, destacou Justino do RX.
Segundo informações do “Blog da Saúde”, uma em cada dez brasileiras tem endometriose. O diagnóstico é feito a partir de uma apreciação ginecológica clínica, acompanhada de exames de imagem. O tratamento da doença depende de uma série de fatores, como idade, gravidade dos sintomas e intenções reprodutivas, podendo ser medicamentoso ou cirúrgico.
