A Secretaria Municipal de Assistência Social abriu um processo de licitação para a aquisição de absorventes femininos, que serão incluídos nas cestas básicas distribuídas as famílias em situação de vulnerabilidade social de Petrópolis. A solicitação foi feita pela vereadora Gilda Beatriz em maio deste ano.
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“A falta de recursos para higiene íntima é uma realidade para muitas meninas e mulheres que, infelizmente, não têm acesso ao básico. É muito importante que todas tenham acesso aos absorventes. A pobreza menstrual precisa ser discutida”, destacou a parlamentar.
Já um projeto de autoria dos vereadores Yuri Moura e Maurinho Branco, que foi aprovado pela prefeitura, vai distribuir absorventes para estudantes da rede municipal de ensino.
Para o secretário de Educação José Luiz Lima, o programa dá voz às mulheres e meninas e vai além da distribuição do item higiênico. “Tem a ver com a escuta dentro da escola e na comunidade. Não vamos apenas distribuir os absorventes, mas também promover ações dentro das escolas para que as meninas sejam ouvidas. Esse programa é uma garantia dos direitos dessas meninas”, comentou o secretário.
A proposta vem de encontro com a dificuldade de obter produtos de higiene pessoal e às más condições básicas, definida como “pobreza menstrual”. O termo define um problema que atinge mulheres em todo o país, como aponta relatório do UNFPA e da UNICEF. Segundo o documento, 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio, e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.
