O Festival de Inverno Sesc Rio trouxe mais uma grande atração aos petropolitanos: na última quarta-feira foi a vez de Paulo Gustavo se apresentar com seu espetáculo, “Hiperativo”, com direção de um outro grande comediante, Fernando Caruso.
Fazendo pose, Paulo entrou no palco e arrancou muitas gargalhadas de seu público ao falar de seus medos, contar histórias engraçadíssimas de algumas amigas conhecidas como Heloisa Périssé e Ingrid Guimarães, de sua ida à Nova Iorque e sua dificuldade em falar inglês – nessa parte o humorista confessa que não fala nada do idioma, mas “que é só tomar umas caipirinhas que ele vira fluente”. Paulo também fala sobre seu medo de avião, o fato de só atrair pessoas malucas, as saídas com as amigas em baladas e os tipos de bêbadas, entre muitos outros assuntos.
Hiperativo se diferencia dos outros espetáculos de stand-up, pois na maioria das apresentações desse gênero, por mais que haja uma interatividade, sempre há a clara distinção entre humorista e plateia. O cara no palco com um texto todo pronto com piadas muito inteligentes que sabe que vai agradar, e um público disposto a rir. É lógico que em sua peça isso ocorre também, só que de um modo mais espontâneo – é como se estivesse conversando com aquele amigo engraçado que sempre tem histórias excelentes para contar. O público sai com uma sensação de alma mais leve e com o rosto dolorido de tanto rir.
Em entrevista exclusiva concedida ao Acontece em Petrópolis, Paulo Gustavo conta que não é sua primeira vez em Petrópolis. Ele já havia se apresentando no Theatro D. Pedro com “Minha mãe é uma peça” e adorou o público petropolitano.
Assumidamente hiperativo, Paulo está em cartaz com suas duas peças. “O stand-up tem uma hora, mas quando tomo muito café faço em quarenta minutos”, conta o ator, que também tem dificuldade para dormir e depois para acordar. Já em “Minha mãe é uma peça”, ele diz que exumou a relação com a mãe, mostrando de uma forma divertida a fase de solidão das mães, falando sobre a falta do marido e a falta dos filhos que já não precisam mais delas. “É uma peça com que todos se identificam. (…) O espetáculo é uma homenagem às mães”, comenta Paulo, que é ator e autor da peça.
Quando perguntado sobre como foi trabalhar com Caruso, ele é só elogios. “O Caruso é maravilhoso, amigo, engraçado. O ensaio era eu no palco falando e quando ele ria era porque funcionava”, explica.
Paulo também conta que foi em sua viagem à Nova Iorque que sua maior fobia, a de avião, teve seu ápice. “Tenho horror a avião, e esse medo começou desde a primeira vez que andei. Mas acho que acabo lidando bem com isso”, diz.
O ator, que também atuou em “Xuxa e o Mistério da Feiurinha”, atualmente não tem planos para o cinema, mas em dezembro começará a gravar um seriado baseado em ‘Divã’, filme no qual interpretou um cabeleireiro que roubou a cena.
seriado baseado em Divã?? interessante, acho que os seriados globais estão melhorando hahaha
bjs