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Entrevistas

“Eu adoraria que o CQC voltasse”, conta Maurício Meirelles

Tocar em assuntos polêmicos hoje em dia é arriscado. Nunca se sabe se a pessoa estará aberta a ouvir algo que a contrarie ou se vai levar numa boa. São tempos difíceis e por isso, mais do que nunca, precisamos desopilar. E para tal, nada melhor do que um show de comédia.

Como promete em seu Twitter, “farei piada com seu partido político, time, religião” e Maurício Meirelles faz mesmo. Por 2h, o comediante “levou o caos” e o público pode apenas relaxar e dar muita risada no Teatro Santa Cecília, em apresentação com casa lotada nesta última sexta-feira (10).

Em sua primeira apresentação em Petrópolis, Maurício consegue abordar temas espinhosos como política, preconceito e feminismo de forma leve e cômica, fazendo com que a gente não só dê risada, mas também olhe para dentro e perceba nossas próprias contradições. E claro, não poderiam faltar os quadros T.R.A.U.M.A.S. (Todos Relatos Absurdos, Uns Mentirosos, Alguns Sinceros), no qual pessoas da plateia sobem ao palco para contar histórias embaraçosas, e o famoso Webbullying, onde ele tem livre acesso às redes sociais de uma pessoa e “toca o terror” principalmente pelo WhatsApp.

Após a apresentação, Maurício tirou foto com todos os presentes e recebeu a imprensa para uma rápida entrevista. Confira abaixo como foi o nosso bate-papo:

É a sua primeira apresentação em Petrópolis, quais foram suas impressões da cidade?

Maurício: É a minha primeira apresentação, mas não é a minha primeira vez aqui, então minha impressão remete à nostalgia. Como minha família é do Rio, quando eu era moleque eu vinha muito para cá. Mas sabe qual é a palavra que me vem à cabeça? Pavelka! Porque quando eu vinha para cá, minha família me levava para comer o mil folhas da Pavelka.

Tenho muitas lembranças daqui, meu padrasto morou aqui, então Petrópolis recorda muito a minha infância. Tenho muito carinho pela cidade e fui muito bem acolhido.

O Webbullying é um dos momentos mais aguardados do show e você costuma gravá-lo com várias pessoas famosas, com diversas personalidades. Com quem você gostaria de gravar?

Maurício: Eu gostaria de ter gravado aqui com uma pessoa que eu quase fechei, mas só não aconteceu porque essa pessoa infelizmente não está em Petrópolis que é o Cid Moreira.

Eu acho engraçado quando vai por um caminho que a pessoa não imagina o que vai acontecer e nem as pessoas que estão ao redor dele. Com um humorista é normal, não tem surpresa porque o cara já está brincando, na zoeira, mas quando é com uma pessoa mais séria tem toda aquela coisa da formalidade que eu acho engraçado brincar. No fundo, se pararmos para pensar, as pessoas são levadas muito a sério só que não deveriam, mas acaba virando uma coisa muito forte.

Também ia falar que gostaria de gravar com políticos, mas agora eles estão topando participar.

Algum convidado já se arrependeu de ter participado e pediu para que o vídeo não fosse para o YouTube?

Maurício: Já, várias pessoas, principalmente no início. Agora as pessoas estão consentidas em participar.

Agora elas até pedem para participar, né?

Maurício: Muito, porque de certa forma dá uma projeção e no fundo no fundo é uma desconstrução do limite, que embora pareça que eu passe, eu não passo pois eu tenho um respeito por aquilo que a pessoa quer. Eu vou no limite da pessoa, então a intenção é mais levar uma brincadeira para a internet nesses tempos tão chatos, onde tudo pode dar um problema, do que machucar ou ferir alguém.

Para finalizar, uma perguntinha sobre o programa CQC (Custe o Que Custar, que foi ao ar na Band de 2008 a 2015). Você acha que se o programa voltasse hoje, enfrentaria mais dificuldades por causa das piadas de cunho político?

Maurício: Eu morreria (risos). A minha esposa agradece todos os dias o fim do CQC porque temos um filho de 1 ano e meio, então acho que eu sairia para gravar e não voltaria para casa (risos). Na época que eu peguei o CQC, o brasileiro não estava tão polarizado com política, a gente tinha umas pessoas ou outras militantes, mas agora acho que o Brasil inteiro está polarizado, ao ponto de você fazer uma piada que não tenha a ver com política e a pessoa meter política no meio.

E a própria TV aberta talvez não desse tanto espaço para o formato do programa.

Maurício: Eu inclusive acho que o CQC não dá certo hoje por conta da TV aberta, porque hoje você tem muita empresa, burocracia e politicagem por trás, por isso acho que hoje não daria certo. O CQC tem um formato para internet.

Inclusive o programa poderia voltar.

Maurício: Eu adoraria. Eu cheguei a fazer umas coisas meio CQC atualmente para o Reclame Aqui e tem dado muito certo, a resposta do público sempre é  positiva porque a galera gosta dessa movimentação que o CQC levava.

Vocês podem acompanhar o Maurício Meirelles nas redes sociais e em seu canal do YouTube. Na próxima semana ele estreia um novo quadro, o “Encontro com Maurício Meirelles”, que terá a atriz e modelo Flávia Pavanelli como primeira convidada

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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