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Entrevistas

[Entrevista] Rafael Cortez fala sobre Petrópolis, CQC, YouTube e seu novo trabalho musical

Comediante, músico, violonista, ator, apresentador, produtor de teatro, televisão e circo, Rafael Cortez não para. Na última sexta-feira (28), lançou “Amor no Gibraltar”, primeiro single de seu novo trabalho musical; roda o país com seu espetáculo solo de humor, comanda o The Live Show, primeiro talk show de humor transmitido pela internet (portal UOL), além de manter um canal no YouTube, “Love Treta com Rafael Cortez”, que já soma mais de 22 milhões de visualizações.

Pela primeira vez em Petrópolis, Rafael se apresentou no Teatro Santa Cecília na noite de sábado (29), depois de ter passado pela Bauernfest e conhecido pontos turísticos como o Palácio Rio Negro e Quitandinha.

Em seu solo de humor, Cortez fez observações sobre Petrópolis e levou o público a ficar de pé para cantar o hino da cidade, falou sobre sua carreira na Band, Record e Globo, além de ter abordado outros assuntos como relacionamentos e até roncos. Antes de sua apresentação, Cortez nos recebeu para um bate-papo que você confere abaixo:

Quais foram as suas primeiras impressões de Petrópolis?

As melhores possíveis, achei a cidade linda. É o tipo de cidade que eu gosto de conhecer, porque eu gosto de cidades com ladeiras e casinhas, cidades que misturam a parte histórica com uma tentativa de incorporação moderna.

Hoje vai ser a estreia do seu novo solo de comédia?

Eu queria realmente fazer um show novo, comecei a testar uns textos, mas dei uma adiada no novo solo de comédia porque não queria trazer para Petrópolis uma coisa que eu ainda estou experimentando. Como é a minha primeira vez aqui, eu quero fazer o que eu sei que vai arrebentar. Então acho que estrear show tem que ser numa zona que te conheçam bem e já possam inclusive te dar a possibilidade de não ir tão bem. Já que é a minha primeira vez em Petrópolis, achei arriscado trazer um show novo.

Na sexta-feira você lançou o single do seu novo trabalho musical solo, quando vai ser lançado o EP completo?

Até o dia 8 de agosto, o disco vai estar disponível nas plataformas digitais e todas as músicas vão ter um videoclipe. As três primeiras vão ser lançadas a cada 15 dias: o primeiro foi “Amor em Gibraltar”; em julho vem “Encantada” que eu faço com a Sabrina Parlatore e no final de julho, “Questão de Tempo”. No comecinho de agosto, lançamos as outras 5 músicas.

Segundo os comentários no seu canal do YouTube, “Amor no Gibraltar” foi para a Raquel (diretora do canal Love Treta que participa frequentemente dos vídeos)…

Em que momento o Love Treta deu certo a ponto da gente falar sobre algo tão específico do meu canal como a Raquel? (risos) A Raquel é diretora do meu canal no YouTube e eu lancei o clipe nele porque lá tenho cerca de 350 mil inscritos ao passo que no meu canal de música autoral tenho bem menos. Por isso escolhi publicar no que “bomba” mais, até porque a primeira música é de comédia e é a única de comédia do CD todo.

Falando do seu canal no YouTube, o “Love Treta”, nele você tem o quadro do X9. Alguém já se arrependeu de ter revelado demais e pediu para que o vídeo não fosse ao ar?

Já, o X9 já rendeu até processo judicial. Quando o Leão lobo foi lá, três pessoas ficaram muito ofendidas com o que ele disse. A Angélica não gostou de uma coisa que ele falou, o Zezé Di Camargo também não e o Evê Sobral, que é um comunicador lá de São Paulo, processou o Leão Lobo. Eu adoro quando as pessoas levam o Leva Treta a sério porque é um canal que eu não levo nada a sério, eu só me divirto, é como férias.

Com quem você gostaria de gravar?

Do CQC só não foi o Danilo Gentili e o Marco Luque, mas vamos tratar de resolver isso logo. Eu tenho um sonho que é irrealizável, a minha entrevistada da vida é a Maria Bethânia, seja no Love Treta ou no The Live Show, eu sou louco para bater um papo com ela

Para finalizar, não poderia deixar de fazer uma pergunta sobre o CQC (programa Custe o Que Custar, que foi ao ar na Band de 2008 a 2015). Se o programa voltasse em 2019, você toparia participar de novo? Você acha que ele precisaria ser reformulado para se adaptar aos dias de hoje?

Pelo menos nesse momento do Brasil, eu não acho que se o CQC voltasse teria qualquer sucesso. Eu sempre disso isso nas entrevistas que eu dou e isso faz com que torne cada vez mais remota a possibilidade de um dia me convidarem a voltar ao CQC (risos). Não dará certo porque o Brasil é outro, o CQC era um programa que flertava com o politicamente incorreto, era um humor moleque de 5ª série, bastante machista inclusive, e que não compactua mais com esse momento. O Brasil melhorou em muitos aspectos, o aspecto do empoderamento feminino, por exemplo, faria do CQC um programa maldito. Por outro lado, a politização que estamos vivendo, o saco cheio que temos em relação à política e o fundamentalismo que a gente tem para rotular tanto a direita quanto a esquerda faria com o que o CQC ficasse sempre pisando em ovos. O que é uma pena… Mas se alguém topar voltar com o programa e quiser me convidar, eu topo ficar no lugar que o Tas ocupava, bem ali no meio, porque a única coisa que eu não fiz foi ficar na bancada, como âncora. Aí eu topo, me chama que eu vou! (risos).

Rafael Cortez também está com um novo projeto, o The Live Show, que é um talk show de humor transmitido pelo UOL de dentro de uma faculdade, com alunos do curso de Comunicação Social. O programa já recebeu convidados como Adriane Galisteu, Marisa Orth, Fábio Porchat e Jojo Todynho.

E além de suas composições autorais, gravou junto com a Pedra Letícia (liderada pelo também comediante Fabiano Cambota), o Música Divertida Brasileira, disponível nas plataformas digitais.

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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