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Entrevistas

As façanhas marítimas de Amyr Klink

Ninguém melhor que Amyr Klink para falar sobre “Travessia da Superação”, tema da palestra realizada no último sábado no 10º Festival de Inverno Sesc Rio. O navegador paulistano se tornou conhecido após relatar suas expedições marítimas, especialmente a travessia do oceano Atlântico Sul a remo, navegando sozinho, em 1984. Esta viagem singular foi contada no livro “Cem Dias Entre o Céu e o Mar”, sucesso de público e crítica.

Durante a palestra, Klink compartilhou detalhes sobre sua experiência em viagens solitárias, além de contar muitas histórias, mostrar fotos e responder perguntas do público. Em entrevista exclusiva ao Acontece em Petrópolis, o navegador revelou o motivo da predileção por viajar sozinho. “Eu gosto da experiência de navegar em solitário por causa da quantidade de assuntos que você tem de resolver antes da viagem. Você tem que ter um barco equilibrado, tem que participar de todas as etapas – não dá pra mandar alguém fazer revisão no equipamento e na hora não vai saber consertar. Então, esse lado de ter de saber um monte de assuntos técnicos diferentes, é cansativo, difícil, mas é gratificante. Eu tenho uma ligação com barcos muito interessante, porque conheço eles nas entranhas”, contou.

Amyr se disse também muito interessado pela Educação, e uma das viagens de seus sonhos é voltar às Ilhas Feroé, arquipélago pertencente à Dinamarca, onde há métodos de ensino pioneiros. A linguagem é uma das principais preocupações do escritor, autor de cinco livros. “O que faz mais sucesso, e vai para o segundo milhão de exemplares, é o primeiro, ‘Cem Dias…’. Mas o que mais gosto, em termos de qualidade de texto, é o último, ‘Linha D’Água’. Deu muito trabalho para escrever, pois escrevi duas vezes. Escrevi todo à mão, e achei ruim, e reescrevi no computador. Foi o primeiro que escrevi assim, pois sofri um acidente e perdi o tato na mão direita, que doi quando digito, e é cansativo”, contou.

Embora seja muito aguardado, seu próximo livro pode demorar um pouco para chegar às livrarias. Pelo próximo ano e meio, Amyr Klink se dedicará a outros projetos, e então precisará tirar ao menos um ano para escrever o livro – tempo médio dedicado a cada uma de suas obras. O público que lotou a palestra, sem dúvidas, espera ansiosamente.

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