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Crônicas

Observações de uma petropolitana: o que é ser petropolitano?

Cada cidade tem suas características e consequentemente, cada povo tem suas peculiaridades e com o povo petropolitano, não poderia ser diferente. Mas o que é ser petropolitano?

Ser petropolitano é fazer caminhada pela Ipiranga e pela Koeler e não importa quantas vezes se passe por lá, se pegar admirando a beleza da cidade.

Ser petropolitano é falar que “vai à cidade” quando mora em bairro, e desejar “boa viagem” a alguém que vai ao Rio.

Ser petropolitano é reclamar do frio e da chuva, mas sentir saudades desse clima quando desce a Serra.

Ser petropolitano é andar pela calçada do Museu, mesmo com o cheirinho de bosta dos cavalos, e gostar.

Ser petropolitano é sair sempre com o guarda-chuva na bolsa e se preocupar quando esquecê-lo em casa, por mais que o céu esteja azul.

Ser petropolitano é parar na Praça Dom Pedro quando tem algum evento, nem que seja por 1 minuto, para ver o que está tendo ali.

Ser petropolitano é almoçar em Itaipava como programa de domingo.

Ser petropolitano é se perguntar o que tem dentro da bolsa da Tia Marquese. (Sério, alguém sabe?)

Ser petropolitano é vir para cá, mesmo morando numa cidade maior, para se reunir com os amigos, e porque é o único lugar em que você se sente em casa.

Ser petropolitano é se sentir aristocrático porque mora na Cidade Imperial.

Ser petropolitano é esbarrar com um conhecido na 16 de Março (e virar a cara na maioria das vezes). Convenhamos que não somos um povo muito simpático…

Ser petropolitano é desfrutar das quatro estações em um dia.

Ser petropolitano é usar o frio como desculpa para não sair de casa.

Ser petropolitano é encontrar um conhecido na rua e ocupar a calçada para falar com ele/ela.

Ser petropolitano é ter muitas opções de sapataria e farmácia.

Ser petropolitano é comer sardinha e arrotar caviar.

Ser petropolitano é estar eternamente insatisfeito e no entanto, não se imaginar em outro lugar, pois, quem pensa que é feliz em outra terra é porque ainda não viveu aqui.

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.

5 Comentários

  1. Adoreiii….mas não entendi o “tia Marquese” mas o resto é perfeito!!!!!!!

  2. Muito bom o texto! E bem que a autora quis ser gentil escrevendo que não São um povo lá muito simpático, tirando raríssimas exceções os petropolitanos São o povo mais seboso do estado do RJ. A maioria não conhece palavras como por favor e obrigado, São preconceitos segregando as pessoas pelos bairros onde moram São simpáticos com os turistas mas arrogantes com quem vem de fora morar aqui, vivem com a cara fechada e nunca tomam uma atitude, São passíveis com o que tem de errado na cidade e só olham para o próprio umbigo. Porém graças aDeus aqui também existem pessoas maravilhosas, gentis, calmas e pacientes que não se importam se vc mora no centro ou em bairros, que estão sempre alegres e lutam pelo que é certo, esses São os petropolitanos que merecem a cidade linda em que moram, pena que não São a maiori, mais habitantes da cidade deveriam aprender com eles. Ps: é claro que não sou pétropolitana

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