Ao longo da vida colecionamos inúmeras histórias de amor e envolvimento. Há várias maneiras de se envolver, de ficar, de se apaixonar.
Quando nos envolvemos com alguém e de uma forma ou de outra paramos de ficar, namorar ou seja lá o que for, temos diversos jeitos de pontuar esse “Fim”.
Começamos com o famoso ponto final (.), aquele que é definitivo, que acaba ali e a gente sabe que acabou. Não somos nós quem dissemos que acabou para sempre, não é a razão, é o sentimento, o coração. Nós sabemos exatamente o momento em que acabou de vez, que não terá volta, que esta página terá de ser virada por imposição dos próprios sentimentos. A gente sabe, a gente sente. Nem sempre aceitamos fácil, mas é melhor quando colocamos o ponto final. Depois nada atordoa, você não se culpa, e não pensa mais na pessoa como alguém que faz parte da sua vida. Simplesmente acabou e não tem volta.
Mas como nada na vida é tão simples começam a surgir os outros pontos, e a gramática é cheia deles.
Tem a vírgula (,) funciona como um “vou ali, mas já volto”. E sempre voltam. Você não sente falta, não tem medo de perder, o “vou ali” é natural, sabemos que é temporário e que em poucos segundos estará de volta. História sem fim, atordoa, incomoda…
Aí temos os dois pontos (:), complicado também. A história com dois pontos para antes da explicação, no melhor momento, quando finalmente você iria entender. Ela não tem um final e desperta a curiosidade de como seria…
Tem também a tal das reticências (…). Sabe aqueles três pontinhos??? Malditos três pontinhos! Para explicar, ele é aquele que nunca te deixa ir adiante, te prende, não dá pra começar outra história quando se está agarrada nas reticências. Porque aí você fica com a dúvida na cabeça (não que eu não goste da dúvida). O maior problema é deixar várias histórias nas reticências. E aí fica impossível passar adiante. Todo mundo precisa de ponto final! Reticências prendem mais do que qualquer ponto, te paralisa.
Geralmente a pontuação é dada pelos dois lados da moeda, os dois sentem, os dois sabem. Como já disse não somos nós quem decidimos, a razão às vezes fica até sem entender o que está acontecendo. São coisas da alma, do sentimento, do coração e ponto final.
