por Daiana Barasa
Vivemos em um planeta imenso, repleto de seres vivos, com um vasto repertório de tecnologias, em um planeta repleto de grandiosidades. Aqui temos mitos, lendas, seres grandiosos para admirar por seus pensamentos revolucionários, mas temos “pequenas coisas” também.
Aquele momento mágico com o cão ou gato de estimação. Aquele momento em que uma música especial toca e parece que tudo ao redor foi paralisado para que você a ouvisse e fantasiasse. Tem aquele momento em que você circula a colher na sua xícara favorita, circula por tanto tempo pensando e descobre que o que ia beber esfriou.
Aquele momento em que o beijo parece não ter fim e em que incrivelmente consegue dizer mais do que o mais belo soneto. Aquele momento em que você se sente só e quando olha o céu, misteriosamente ou por que há um “certo” milagre, há uma estrela só como você que parece te olhar.
Há momentos em que corremos e não conseguimos alcançar, lamentamos e, há momentos em que somos alcançados, alcançados por milagres que muitas vezes não reconhecemos como parte do próprio merecimento.
Há momentos em que somos surpreendidos por más notícias e momentos em que somos inebriados por uma boa nova surpreendente.
Sempre há “aquele” momento, bom ou ruim, doce ou amargo, sempre há o tal momento. Aquele.
Mas há ainda “aquele” momento do qual não escrevi, aquele momento que faz os sonhos ganharem brilho e que faz com que as loucuras se tornem sãs, é o momento do encontro.
Nós fazemos trilhas nessa vida e não temos sequer mapas, não há norte. Caminhando, às vezes ofegantes, nos deparamos com o perfeito momento da imperfeição, em que nos percebemos falhos como somos e ainda assim… abençoados, seja por Deus ou por aquilo em que se acredita ou não, somos contemplados pelo doce momento do “ecoar”, em que nossa voz (mesmo que dentro de nós) volta para os nossos ouvidos e podemos ouvir os nossos próprios sonhos, nos (re)conhecemos. Esse é “aquele momento”, que chega para os perseverantes.
Daiana Barasa é jornalista do Grupo Sare e sempre busca um caminho alternativo para se refugiar do lugar comum.
