Assistindo a novela Em família essa semana, eu e minhas amigas questionamos a atitude da Clara em se “oferecer” para ser madrinha do Cadu, se ele se casar com a Verônica. Afinal, ele era apaixonado pela ex-mulher e só se separaram depois que ela se encantou pela Marina. E faz pouco tempo. Então surgiu aquele comentário clichê : “Isso só acontece em novela”.
No dia seguinte…
Novela à parte, cá estou eu no mundo real, ouvindo a conversa alheia entre dois homens. Eis que um fala para o outro: “Sua ex-mulher vai se casar no fim de semana”. E o outro responde: “Eu sei. Ia ser padrinho do casamento se precisasse, mas acabou não precisando”.
Ironia do destino?
Acabamos conversando e ele me contou que o relacionamento com a ex-mulher melhorou muito depois que se separaram. Ele disse que viviam brigando enquanto eram casados e que hoje se dão muito bem.
Manter um bom relacionamento com o ex parece ser uma coisa natural. Mas não é tão fácil assim. Primeiro, porque, na maioria das vezes, quando um namoro/casamento chega ao fim, uma das pessoas ainda gosta e não vai ser simples conviver com a outra que já não sente mais nada.
Por outro lado, existem pessoas que dividem suas vidas durante anos, décadas e, de repente, se afastam. Seus caminhos não se cruzam mais. As lembranças parecem que vão desaparecendo com o tempo. Um ou outro momento fica na repartição “lembrar para sempre”, mas é só.
Para casais com filhos, a amizade parece ser a melhor alternativa. Afinal, este é um elo que não vai se quebrar nunca e não dá para apagar.
Porém, existe uma longa distância entre manter uma amizade e chegar a ser padrinho/madrinha do casamento do ex.
Por fim, para quem, assim como eu, achava que essas coisas só aconteciam nas telinhas, está aí a prova de que também podem existir na vida real.
