Em “Maldita”, a continuação da Divina Comédia Palahniukiana, Madison Spencer perdeu o toque de recolher para o inferno e agora está no purgatório, ou seja, fadada a vagar pela Terra como um fantasma.
Em seu blog imaginário, a menina morta (ou como ela diz, pós-viva) de 13 anos lembra momentos que tiveram um papel decisivo em sua vida/morte. Ela pode ver e ouvir cada detalhe do mundo que deixou para trás, no entanto, é invisível para todos os que ainda estão vivos. À medida que Madison revisita a dolorosa verdade do que aconteceu ao longo desses anos (incluindo um encontro perturbador e finalmente fatal em que… bem, deixa pra lá), sua saga de condenação eterna assume um novo e sinistro significado. Satanás teve Madison em suas vistas desde o início: por meio dela e de seus pais, verdadeiras celebridades narcisistas, ele planeja projetar uma era de condenação eterna. Para todos.
O surgimento de uma nova religião, o rudismo, é um dos pontos importantes do livro e é a deixa para Chuck ridicularizar qualquer um que tenha alguma fé. Com críticas ferrenhas por trás de cada cena surreal, acredito que esta saga dificilmente passará indiferente por seus leitores: ou a amarão por sua peculiaridade ou vão detestá-la pela mesma razão.
De qualquer forma, reitero que definitivamente você não lerá uma história como essa em nenhum outro lugar. Vale a pena conhecê-la!
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