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Boca no Trombone!

[Boca no Trombone!] Petropolitanos se queixam da qualidade do asfalto em alguns bairros da cidade

Fotos: asfalto no Morin

Através do programa “Asfalto na Porta”, do Governo do Estado, alguns locais de Petrópolis estão sendo pavimentados, totalizando mais de 10 quilômetros de asfalto em bairros como Corrêas, Morin, Vila Felipe e Itaipava. Contudo, enquanto as localidades que não foram contempladas pelo programa reivindicam o asfaltamento de suas vias, àquelas que o receberam se queixam da má qualidade do asfalto.

No último mês, a Prefeitura de Petrópolis oficiou o Governo Estadual e o Departamento de Estradas de Rodagens – DER, sobre a malversação de dinheiro público na pavimentação da Estrada Bernardo Coutinho RJ – 117, em Araras. Ao invés de asfalto de qualidade, o serviço está sendo realizado com lama asfáltica, não atendendo o que foi solicitado pelo município. A obra está orçada em aproximadamente R$ 8 milhões.

Fotos: Nicholas
Fotos: Nicholas

O leitor Nicholas, por exemplo, gostaria que as Alamedas da Extremosa e dos Manacas fossem asfaltadas. “Moro no Vale Florido e somente a rua que vai para a pousada Locanda foi asfaltada, o restante é um caminho de terra cheio de buracos. Pagamos um IPTU caríssimo e não temos uma via pavimentada. E olha que o bairro tem o IPTU caro, pois é considerado ‘nobre’. Precisamos de asfalto urgente na Alameda da Extremosa e Alameda dos Manacas. Trata-se de um pedaço de rua de no máximo 300 metros, mas que nunca é asfaltado e, por isso, existem muitos buracos e muita poeira. Quando chove vira um mar de lama.”

Já o leitor Paulo Vitor reclama da forma que foi feito o serviço no Bonfim.  “O projeto Asfalto na Porta chegou até o Bonfim, mas certamente de uma forma sem planejamento. Não existe escoamento na rua e o asfalto é de má qualidade. Os bueiros estão abaixo da altura do asfalto o que prejudica e muito o trânsito no local. A falta de planejamento vai causar muito em breve problemas sérios como rachaduras no piso assim que se iniciar a temporada das chuvas. Além disso, a pintura e sinalização da via provavelmente não será feita como já vimos em vias como o Carangola, por exemplo. A iluminação na via não existe. Andar a pé a noite na localidade era difícil mas agora ficou impossível.”

No Morin, a qualidade do asfalto também tem sido alvo de constantes queixas. “É inacreditável que, apenas três dias após o asfaltamento, já existam tantos buracos, tantas falhas na via e a rua esteja tão desnivelada, isso sem falar nas laterais da pista (cheias de pedrinhas soltas). Queria acreditar que ainda vai haver mais uma camada de asfalto, consertando o que fizeram. Outra questão é que os paralelepípedos absorviam a água da chuva, o que é fundamental em um bairro que chove tanto. Será que vão aumentar os caminhos para a água escoar ou vai ficar tudo empoçado mesmo?”, questionou uma leitora.

A insatisfação de uma parcela é tamanha que inclusive há um grupo “pró-paralelepípedo” se mobilizando para questionar o uso indiscriminado do asfalto em toda cidade. João Felipe Verleun, representante do movimento popular “Primavera Petropolitana”, foi ao Ministério Público onde registrou em um documento suas principais preocupações em relação à medida. “Minha maior preocupação é pela preservação do Patrimônio Histórico e Natural da cidade, o Meio Ambiente e suas consequências e o questionamento quanto à necessidade e a motivação dos asfaltamentos”, relatou no grupo “Primavera Petropolitana”.

Em nota, a Secretaria de Obras do Estado informou que a Estrada Bernardo Coutinho não foi asfaltada pelo Programa Asfalto na Porta. “Já em relação as obras em andamento no Bairro Morin, os serviços ainda não foram finalizados. Por isso, qualquer questionamento é precipitado. Porém, é garantido que os serviços de asfaltamento das ruas serão realizados com  a mesma qualidade já aplicada em  3.373  ruas em 92  municípios do estado do Rio”, informaram.

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