Não é de hoje que os frequentadores da Praça Duque de Caxias, onde fica a pista de skate, vem reclamando de problemas no local. Dentre eles, o número de moradores de rua tem chamado atenção, assim como ocorreu há poucos meses na Praça Luiz Furtado da Rosa, a “Praça de Corrêas”.
“A pista de skate virou moradia, onde estas pessoas fazem suas necessidades no local e sujam todo o ambiente! Muitos reclamam que os skatistas estão ‘sujando a imagem da Praça da Liberdade’, mas se dessem um jeito na pista de skate, nós não iríamos para lá! Fui lá andar de skatea na quarta (15) pela manhã e fui até ameaçado pelos moradores de rua que agora dominam o lugar!”, relatou um leitor.
A situação dos moradores de rua vem sendo debatida na Câmara Municipal. Nesta semana, a segunda audiência sobre o tema contou com a presença de mais de dez pessoas em situação de rua, mobilizadas pelo Centro de Defesa dos Direitos Humanos e pela ONG Mateus 25:35. Eles tiveram a oportunidade de falar sobre suas condições e suas necessidades.
Carla de Carvalho, coordenadora executiva do Centro de Defesa dos Direitos Humanos, falou sobre o trabalho de mobilização para levar a população de rua à audiência. “O CDDH é uma referência para essa população, então trabalhamos com essa situação de assistência mais direta. Eu quero parabenizar essas pessoas que vieram, pois é muito difícil mobilizá-las. Nós os trouxemos, pois somos a assessoria deles, queremos deixar claro que eles continuarão tendo voz, com crédito nessa fala, ou não. Queremos que cada direito seja verificado como individual. Acho que muita coisa já melhorou no atendimento a essa população, mas ainda há muito a avançar e nossa postura é apoiar para que sigamos nesta evolução”.
Já um dos moradores de rua relatou a dificuldade que enfrentavam por não possuírem documentação, tema que foi abordado por Cleber Francisco Alves, Defensor Público. “A Defensoria Pública existe para prestar assistência jurídica a quem não tem condições de ter advogados e precisa de algum aconselhamento jurídico, de alguma medida na justiça, e na obtenção de documentos, uma dificuldade relatada aqui por essa população e que podemos ajudar concretamente. O núcleo de primeiro atendimento da defensoria, que funciona no Centro, na Rua Nelson de Sá Earp, está à disposição para essa assessoria. As pessoas podem nos procurar pela manhã. Providenciar o documento já é um passo para a solução de outras questões. Essa iniciativa da Câmara, do vereador Silmar Fortes, pode ser um impulso para que as instituições se mobilizem, se organizem melhor, seja para dar a assistência diretamente nas questões pontuais, individuais, seja no sentido de pensar melhor as políticas públicas que possam dar conta e atender adequadamente as necessidades dessa população”, concluiu.
Segundo informações do município, equipes da Secretaria de Obras e da Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) já trabalham na elaboração de um novo projeto para melhorar a iluminação e garantir a revitalização do espaço, de forma a garantir a reocupação da área pela população.
Outras medidas também serão realizadas, de forma intersetorial. A Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac), que já tem a identificação das pessoas em situação de rua que costumam circular pelo local, já está estudando a realização de convênios que permitam a internação de pacientes dependentes de drogas e/ou álcool em instituições especializadas nesse tipo de atendimento.
A secretária de Trabalho, Assistência Social e Cidadania, Fernanda Ferreira, destacou que já tem a identificação das pessoas em situação de rua que estão circulando pelo local. “Estamos atentos à questão e temos buscado intensificar as ações de abordagem no local, em conjunto com a Guarda Civil, no entanto, verificamos que não há, no local, moradores de rua, mas sim pessoas em situação de rua, que têm casa e família. Estamos entrando em contato com as famílias destas pessoas, para que possamos entender melhor a situação de cada e um e verificarmos, junto à Secretaria de Saúde, o melhor encaminhamento para cada caso”, explicou.
Matéria atualizada em 21/7, às 21h.
A parte do problema dos moradores de rua, que é importante ser resolvido, Petrópolis merecia um skate park decente, como a de Teresópolis. Existem muitos skatistas na cidade e essa pista é inadequada. Esporte é saúde! Alô Prefeitura!
Estou morando a pouco tempo na cidade e gostaria de saber se há possibilidade de vocês me indicarem ruas sem movimento e de asfalto aqui próximo ao centro para andar de skate, tenho 51 anos e skate também é malhação, porque pelo que tenho lido estou até com receio de ir nesta pista, receio de ter que me aborrecer com alguém e depois a polícia achar que o errado sou eu. Obrigado, aguardo alguma dica de vocês ou algum skatista sério e comprometido com o esporte, afinal de contas andamos de skate e não nos metemos na vida de ninguém, somar sempre, subtrair jamais. Ad sumus.
Boa tarde, Helio
Há a ciclofaixa na Av. Barão do Rio Branco, mas é preciso tomar cuidado pois é uma rua bastante movimentada. Aos domingos e nos feriados, no entanto, há o Circuito de Esportes e Lazer lá, das 8h às 13h, com banheiros químicos e bebedouros para todos os adeptos da prática esportiva, seja ela qual for.